Área foi arrendada durante leilão em 2023 pela Origem Energia por R$ 41 milhões. Foto: Divulgação / Origem Energi

O grupo Origem Energia iniciou suas operações em um dos terminais do Porto de Maceió destinados à movimentação e armazenagem de granéis líquidos, especialmente combustíveis e petróleo. O terminal foi adquirido por R$ 41 milhões pela empresa durante leilão realizado em 2023, organizado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) e Agência Nacional de Transportes e Aquaviários (Antaq).

A área do MAC 11A era anteriormente utilizada pela Petrobras e passa agora a ser gerida pela Origem por um prazo de 25 anos, conforme consta nos contratos firmados.

Segundo informou a Origem por meio de nota, a gestão foi oficializada em fevereiro deste ano e as operações já tiveram início. A companhia não passou detalhes sobre as operações no terminal.

De acordo com o CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho, ao assumir o controle das operações do TAMAC, a companhia assegura sua independência no escoamento e comercialização da sua produção, fortalece a presença no mercado alagoano promovendo a competitividade local que pode impactar em oferta de combustíveis mais acessíveis para a população.

“A inclusão do MAC11A no portfólio é um marco estratégico para a Origem Energia, reforçando nossa integração energética e ampliando a flexibilidade comercial na negociação e expedição de óleo. Além de fortalecer nossa posição no mercado, essa conquista diversifica nossas receitas e abre novas oportunidades de monetização na infraestrutura de armazenamento”, explicou.

Transporte de diferentes combustíveis

A expectativa da Origem Energia é que a partir de agora com a aquisição do terminal a companhia ganhe flexibilidade comercial para negociar volumes de óleo e otimizar os cronogramas de expedição de cargas de forma proativa. Além das operações de carregamento e descarregamento pelo modal marítimo, o terminal também possibilita o transporte por modal rodoviário, atendendo principalmente ao etanol, óleo diesel marítimo, gasolina e outros biocombustíveis, como o biodiesel.

A Origem Energia também passa a diversificar sua receita, explorando oportunidades de monetização da capacidade de armazenamento para derivados de petróleo, com uma gama mais ampla de clientes.

“Logística e armazenamento de petróleo são pilares estratégicos em nossas operações. Assumir o controle dessas atividades nos permite superar a dependência de terceiros, reduzindo custos, aumentando a autonomia e integrando ainda mais nossa cadeia de valor. Essa iniciativa fortalece nossa posição como uma empresa altamente eficiente e integrada no setor”, complementa Coutinho.

Leilão de áreas no Porto de Maceió teve saldo de R$ 208 milhões

Realizado em agosto de 2023, na sede da B3, em São Paulo, o leilão para arrendamento de áreas portuárias em Alagoas teve um saldo de R$ 208 milhões.

Na época do leilão, o Ministério dos Portos e Aeroportos divulgou que a previsão era de que a Origem fará um investimento de R$ 46,4 milhões no terminal.

O leilão também arrendou outras duas áreas, a MAC 11, arrematada por 60 milhões pela Vibra Energia, que se comprometeu em investir R$ 20,8 milhões, e a MAC 12, arrematada por um lance de R$ 102 milhões pela Ipiranga Produtos de Petróleo, que tem previsão de investimento de R$37,5 milhões.

Terminal Aquaviário amplia atuação da Origem em Alagoas

Detentora da operação de 14 concessões de campos maduros de óleo e gás natural no país, o grupo Origem Energia possui em Alagoas uma operação em águas rasas (offshore), além de 18 blocos exploratórios localizados nas Bacias Sergipe-Alagoas e Tucano Sul.

Há ainda uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) no estado, que é a primeira a ser privatizada no país, além de duas estações de produção, que funcionam em Pilar e Furado, cinco estações coletoras e um sistema de escoamento de 230 quilômetros de dutos com acesso direto ao TAMAC e à malha da TAG que conecta o transporte de gás natural do país de norte a sul. 

 

FONTE: MOVIMENTO ECONÔMICO

 

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