Usina de biogás da Gás Verde em Igarasssu que vai ser transformada em usina de biometano /Foto: Divulgação/Gas Verde

Maior parte dos recursos para a unidade da Gás Verde em Pernambuco virão do Fundo Clima.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 131,1 milhões em financiamentos para dois projetos sustentáveis da empresa Gás Verde. Um deles será implantado em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, e outro em Seropédica, no Rio de Janeiro.

Em Pernambuco, o investimento total na nova planta de produção de biometano será de R$ 90,2 milhões. Desse montante, R$ 72,2 milhões virão do Fundo Clima, um programa do governo federal voltado ao apoio de iniciativas que ajudam a combater as mudanças climáticas.

A planta de Igarassu irá purificar o biogás gerado pelo aterro sanitário local, transformando-o em biometano — um gás renovável que pode ser usado em diversas aplicações industriais e comerciais. A previsão é produzir cerca de 45.600 metros cúbicos por dia. Durante a obra, serão gerados 60 empregos, e outros 15 postos de trabalho serão mantidos após o início da operação.

Operação com biometano

A Gás Verde iniciou a construção de uma planta de biometano este ano para substituir a térmica a gás natural no Centro de Tratamentos de Resíduos CTR Igarassu, que é gestora do aterro. A previsão é de que o início da operação ocorra no segundo semestre de 2026.

A Gás Verde opera a planta de biogás, mas não pertence a mesma empresa que gerencia o CTRN Igarassu. A planta de biometano terá capacidade para produzir 38 mil metros cúbicos por dia. O produto será usado por indústrias da região que pretendem descarbonizar as suas atividades e frotas da região.

Unidade da Gás Verde no Rio

Já no Rio de Janeiro, será construída a primeira usina de “CO₂ verde” do Brasil. Essa unidade vai reaproveitar o gás carbônico (CO₂) gerado no processo de produção de biometano, purificando-o para uso comercial, inclusive em alimentos e bebidas. O projeto terá investimento total de R$ 51,3 milhões, sendo R$ 17,1 milhões financiados também pelo Fundo Clima. A planta deve começar a operar em julho e alcançar a capacidade total em agosto, com produção estimada de 100 toneladas por dia.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, os dois projetos estão alinhados aos compromissos do governo federal com a transição energética e o combate às mudanças climáticas. “Um evita a emissão de metano, que é 25 vezes mais nocivo que o CO₂ para o aquecimento global, e o outro reaproveita o gás carbônico, transformando-o em produto de valor comercial”, explicou.

A Gás Verde, responsável pelos dois empreendimentos, é a maior produtora de biometano da América Latina. Presente em seis estados brasileiros, a empresa fornece gás renovável para grandes indústrias, como Ambev, Nestlé e Saint-Gobain. A meta é ampliar a produção para 650 mil metros cúbicos por dia até 2028.

 

FONTE: MOVIMENTO ECONÔMICO

 

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