A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse durante evento no Rio de Janeiro que a primeira plataforma do tipo FPSO da Petrobras para o projeto Sergipe Águas Profundas (Seap), na Bacia de Sergipe-Alagoas, pode começar a operar antes de 2030. A informação foi divulgada pela Reuters.
Segundo a CEO da petroleira, o projeto é estratégico não só para o país como para a região Nordeste devido ao grande volume de produção de gás e petróleo previsto para as unidades.
“A gente no Seap prevê uma licitação de uma unidade firme para Seap 2 com previsão de operação até 2030, a gente fala com 2030 (no horizonte), mas todo dia a gente aperta a Renata [Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras], mas muito provavelmente vai ser antes”, disse Chambriard.
Durante sua participação no evento, que reuniu estaleiros, fornecedores de máquinas, equipamentos e empresas operadoras de FPSOs para uma rodada de negócios, Chambriard falou das duas licitações abertas em novembro e que pretendem contratar navios-plataformas FPSO, que têm capacidade de produzir, armazenar e transferir petróleo para operar no projeto Sergipe Águas Profundas (Seap), destacando o grande volume de produção possível para elas.
“A gente começa pela 2 e tem opção com o fornecedor para mais uma também. São projetos grandiosos e relevantes. Cada uma das unidades vai processar 120 mil barris/dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás”, disse, acrescentando que um dos navios terá conteúdo local de 40% e o outro de 30%.
Entenda a Licitação Sergipe Águas Profundas
A Petrobras anunciou no final de novembro que iniciou novo processo de contratação para construção de até duas unidades de produção de petróleo do tipo FPSO, destinadas ao projeto Sergipe Águas Profundas.
A modalidade de contratação será do tipo “Build, Operate and Transfer (BOT)”, no qual a contratada é responsável pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um período inicial definido em contrato. Posteriormente a operação será transferida para a estatal.
O projeto Seap 1 abrange as jazidas pertencentes aos campos de Agulhinha, Agulhinha Oeste, Cavala e Palombeta, localizados nas concessões BM-SEAL-10 (100% Petrobras) e BM-SEAL-11 (60% Petrobras e 40% IBV Brasil Petróleo).
O projeto Seap 2 abrange jazidas pertencentes aos campos de Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste, localizados nas concessões BM-SEAL-4 (75% Petrobras e 25% ONGC Campos), BMSEAL-4A (100% Petrobras) e BM-SEAL-10 (100% Petrobras).
Segundo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe (Sedetec), o processo licitatório será realizado diretamente com a Petrobras e o valor total do Seap é orçado em US$ 5 bilhões, incluindo as plataformas que serão construídas, mas que não tiveram valores divulgados ainda.
FONTE: MOVIMENTO ECONÔMICO
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