Regás, de Suape, terá mais um usuário além da Shell
por admin | ago 27, 2024 | Notícias |
Quando entrar em operação em 2025, o Terminal de Regaseificação de Suape, o Regás, um investimento de R$ 2 bilhões, será de fundamental importância para a segurança energética de segmentos que utilizam o gás como fonte de energia em Pernambuco. Além disso, ajudará acelerar a transição energética em Fernando de Noronha e no Araripe.
O Regás é um investimento da holding brasileira OnCorp, que venceu a licitação para sua implementação em 2022. A Shell, gigante multinacional do setor de óleo e gás, foi anunciada há certo tempo como compradora da molécula para fornecer à usina Termopernambuco. Nos próximos dias, porém, um novo operador será anunciado, conforme adiantou com exclusividade ao Movimento Econômico, o diretor-presidente da OnCorp, João Mattos.
Esse novo usuário tornará o Regás de múltiplo uso, o que o diferencia dos demais terminais privados brasileiros, que são projetos feitos para atender exclusivamente alguma usina térmica. Além disso, o terminal de Suape tem outro diferencial: será o primero a operar conectado a um gasoduto, no caso o da TAG. Isso permitirá ao Regás distribuir o gás do Rio de Janeiro ao Ceará.
O terminal também será fundamental para a transição energética em duas áreas importantes de Pernambuco, o Polo Gesseiro do Araripe e Fernando de Noronha. O primeiro tem contribuído para devastar o bioma da Caatinga, já que faz uso de lenha. O segundo é um paraíso natural que é iluminado à base do ultra poluente óleo diesel.
Com o terminal, as indústrias do polo passarão a receber o gás natural liquefeito (GNL). Um terminal de regaseificação da Copergás se encarregará de devolver a consistência original à molécula, levando o gás aos fornos e eliminando definitivamente o uso da lenha como combustível. No arquipélago de Fernando de Noronha, o gás será usado na usina térmica.
O Regás vai operar no Cais de Múltiplos Usos (CMU) de Suape e deverá elevar sua utilização de 18% para 100%. Na semana passada, o Regás entrou no Novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal.